(…) soterrados durante anos e anos sob aluviões de olvido, ascenderam obedientes das profundezas da memória quando a necessidade os convocou, como uma bóia de cortiça retida no fundo da água que de repente se tivesse desprendido da amálgama do lodo. /
Em rigor, em rigor, penso que as chamadas falsas memórias não existem, que a diferença entre elas e as que consideramos certas e seguras se limita a uma simples questão de confiança, a confiança que em cada situação tivermos sobre essa incorrigível vaguidade a que chamamos certeza. ‘11.21 ‘09.35/106
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