Desenho ao Cubo
Palácio Marquês de Pombal
« Podemos dizer que criamos paisagens se pensarmos que dentro de um determinado espaço criamos outros espaços, ou seja microespaços. E esses microespaços é o que chamamos exercitar o nosso cérebro enquanto músculo imaginário. A nossa cabeça permite-nos ir a um pormenor e ampliá-lo, como se tivéssemos um zoom na cabeça e desse zoom voltarmos a criar e a ver outros espaços dentro desses mesmos espaços e por aí fora. Por exemplo, hoje andamos no Palácio do Marquês de Pombal a ver, ao pormenor, os azulejos. Se olhares para aquelas histórias que lá estão e se te focares num pormenor que pode ser geométrico, ou figurativo, esse pormenor pode levar-te para outros mundos dentro desse mundo. É fazer aquilo que Leonardo da Vinci dizia aos jovens pintores: "quando te está a faltar a inspiração, entra pelas fissuras das paredes dentro e verás que tens mundos inimagináveis para pintar". »
― Entrevista Os Espacialistas no Palácio, Revista Trinta Dias #199, 2016